Por mais que os punks não admitam ou não gostem, é inegável que a moda unida à música foram os maiores formadores e divulgadores do movimento. Utilizando-se de diversas referências culturais o Punk nasceu, no fim da década de 70, em meio ao marasmo e estilo metódico dos ingleses. Só um movimento de comportamento degradante e desagradável poderia dar voz a uma juventude inquieta e revoltada com as tradições monárquicas. Enquanto os hippies abraçavam o lema “Paz & Amor”, movimento já decadente na época, os punks defendiam a dor e revolta como forma de expressão.
O visual punk era caracterizado por cabelos descoloridos, roupas extravagantes, maquiagens fortes e tudo que fosse contrastante com os “modismos” vigentes. Baseados no conceito Do it yoursef (faça você mesmo) eles cortavam os próprios cabelos e customizavam (reformavam) suas roupas. É interessante ressaltar que “customização” (reforma de roupa) é algo bem visto (cool) hoje no meio da moda, pois é como se colocássemos nossa personalidade nas peças. Talvez essa seja uma das boas heranças do movimento.
Padrões de beleza alterados
Nos EUA o punk também já surgia, com a diferença que os americanos tinham um visual menos colorido que os ingleses. O punk americano não envolvia questões éticas ou sócio-políticas. Caracterizavam-se pelo jeans e camiseta, jaquetas e calças de couro pretas bem justas. Não demorou muito para que o movimento de um pequeno grupo de jovens ganhasse fronteiras mundiais.
do movimento, tinham o objetivo de fundir um estilo
O Punk determinou o estilo da década seguinte, mudou o mundo de uma maneira que nenhum um outro conseguiu e denunciou a falência das ideologias. Com passar do tempo à maneira que iam sendo divulgados os símbolos e estética do movimento houve um processo de estereotipização e homogeneização do visual e o fim da diversidade de estilos. O punk acabou caindo na armadilha que eles mesmos combatiam.
Imagem do baixista do Sex Pistols, Sid Vicious, usada em uma campanha da Converse.
Aquela mesma que você viu em nosso primeiro post sobre os Strokes
Desfile Colcci Out/Inv 2011: Diversos elementos punk
Pois é, no fim tudo se banaliza. Mas nem tudo é incorporado pelas massas. Eu quero ver a reação dos natalenses se um dos "punks" da praça vermelha aparecer no midway num domingo a tarde - com os emos todos já estão acostumados (os emos inclusive têm uma forte influência punk, mesmo que os punks se recusem a admitir).
ResponderExcluirNão acredito que exista punks de verdade, dia desses encontrei um cara no ônibus, de jaqueta, retalhos colados na calça, e de repente o que ele faz? Tira um celular do bolso!! hehe
ResponderExcluirÉ bem verdade que esse visual "punk" se popularizou por causa da Vivienne Westwood, afinal era ela quem produzia as roupas do Sex Pistols... aliás, tem gente que diz que o Sex Pistols era apenas uma 'boyband revoltadinha'... enfim, curti bastante o post.
ResponderExcluir=)
"A moda resgatou conceitos do punk dando destaque aos aspectos positivos do movimento como a energia, jovialidade e rebeldia, desconsiderando seu caráter contestador e revolucionário."
ResponderExcluirPerfeito.